sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quero morrer



Quero morrer

Minha vida perdeu o alento
quero morrer
não aguento este sofrimento
Hoje sofro que dor....
me come por dentro
em carne crua
Sangue frio
me consome sem gota
de pingo
hó vida que injusta...
Quero morrer
Quero deixar de viver
Quero não mais acordar
Quero deixar de passar
esta angustia que me desespera
dolorosamente
Quero morrer
tenho medo de te perder

Sónia Pinto

É noite fria



É noite fria
com gotas pré geladas
Caídas na madrugada
no silencio perfundo do meu pensamento
Observo a imensidão
através da vidraça
O vento incolor
pinta essência ao meu redor
Trago comigo meu lápis e folha
vou desenhando manuscrito
na sua escuridão
junto as gotas da chuva
que condizem
com estas lágrimas derramadas
saídas em sofreguidão
Já é longa madrugada
me embalo pela tristeza
Tem ar de não querer voltar
como tudo na vida sem uma certeza
Mais veloz que o vento
são os salpicos que fazem poisar
Dão o ar da sua graça
pois desaparecem sem condenar.

Sónia Pinto

Hoje, amor...




Hoje, amor...
Penso em ti...
Fecho os olhos e adormeço...
Um sonho lindo me conduz ao paraíso
onde eu encontro -te...
Por lá quero permanecer
até que o meu sonho possa
transformar-se em pura realidade!

Paixão não é amor



Paixão não é amor
paixão não ama
paixão desfruta-se
é um relâmpago
vulgar que aparece
e desfaz com o tempo
Paixão vivesse mais depressa
e mais intenso
Paixão é desejo
num teixo de momentos
Paixão tem a sua sutileza
é bom mas não persiste
apenas vive-se o momento
Paixão é eloquente
translouco
Dissolve-se com o tempo
Paixão quem não a quer
Pois eleva a alto estima
e a compaixão...

Sónia Pinto

Não sei de mim




Não sei de mim

Procuro-me entre murmúrios
Desencontro-me com meu eu
Vasculho na reflexão
do meu pensamento
o que não sei de mim
Vulnerável, afugenta
com precisão tento me encontrar
Sou um complexo de mim
eu Própria não sei de mim
Vou encontrar-me um dia
Não me quero perder
e o que hoje
não sei de mim
amanha saberei
concerteza

Sónia Pinto

Sabes, tenho medo




Ai,
Estou aqui sentada

Sabes, tenho medo
a pensar no nada,
nos dias que não vivi
e nos que sobrevivi.
Ai,
Sabes, tenho medo
de matar o segredo
que guardo apertado
ao meu jeito mimado.
Ai,
Mais um ai arrancado,
por lágrimas lavada
e de medo marcado
no âmago despedaçado.
Ai,
Um silêncio calado
no coração fechado!
Tenho saudades de ti,
mas nunca te conheci.
Ai,
Sabes, tenho medo
de viver neste enredo
de sofrer por te amar
sem nunca te tocar.

S P

Quem sou eu



Quem sou eu
Um pedaço de mulher?
Um ser qualquer?
Onde se perdeu?
O que fui eu?
Um monte de vaidade
Esplendor na mocidade
Viço que morreu
Como fui eu?
Meiga, tímida, curiosa
Sedutora, ousada e vaidosa?
Dia claro que escureceu.
Como sou eu?
Presa nas emoções
A procura de tantas razões
Que definam quem sou eu.

Amigo



Amigo
Ter um amigo é ter
uma vida
Ter um amigo é ter
aonde poisar
Ter um amigo é
deixar a solidão
E transformar o âmago
num poder sem explicação
Ter um amigo é
estar presente mesmo ausento
Ter um amigo
é como um campo no seu habitar
em plena primavera
Ter um amigo
é a envernização
em dois seres
e duas almas..

Sónia Pinto

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Um abraço



Um abraço
Não prende,
não escraviza,
não aperta,
não sufoca.

Sónia Pinto

Quero morrer




Quero morrer

Minha vida perdeu o alento
quero morrer
não aguento este sofrimento
Hoje sofro que dor....
me come por dentro
em carne crua
Sangue frio
me consome sem gota
de pingo
hó vida que injusta...
Quero morrer
Quero deixar de viver
Quero não mais acordar
Quero deixar de passar
esta angustia que me desespera
dolorosamente
Quero morrer
tenho medo de te perder

Sónia Pinto